Logo depois da chegada dos europeus à América, teve início a imigração forçada de negros africanos para o trabalho escravo no Brasil. Só para o Brasil vieram mais de um milhão de pessoas. A escravidão durou até maio de 1888, quando passou a ser proibida, e durante quatro séculos, escravos fugiam e formavam comunidades chamadas quilombos. Hoje, calculam-se que existam mais de 400 agrupamentos de remanescentes de quilombo localizados em 19 estados brasileiros.(CHIAVENATO, 1987 p.57)
Mantendo sua identidade, essas comunidades viveram um século sem receber atenção dos governos e da própria sociedade. Foi a Constituição Federal de 1988 e o Decreto nº4.887, de 20 de novembro de 2003 que registraram a vontade da sociedade brasileira de começar a reparar essa injustiça, regulamentado, no artigo 68, o procedimento para identificação, titulação e registro das terras ocupadas por remanescentes das comunidades dos quilombos.
A Fundação Cultural Palmares - entidade vinculada ao Ministério da Cultura que tem como finalidade constitucional, reforçar à cidadania, a identidade, a ação e a memória dos segmentos étnicos dos grupos formadores da sociedade brasileira, somando-se, ainda do Estado na preservação das manifestações afro-brasileiras, formulando e implantando políticas públicas que têm o objetivo de potencializar a participação da população negra brasileira no processo de desenvolvimento, a partir de sua história e cultura.
Outro órgão importante na questão fundiária dos quilombolas é o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA, ligado ao Ministério do Desenvolvimento Agrário – MDA, encarregado do processo administrativo de titulação das terras quilombolas, ou seja, os procedimentos para a identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação, desintrução e registro das terras, que por sua vez serão medidas pela instituição, levando-se em considerações os critérios dos próprios quilombolas, uma vez concedido à titulação de propriedade de terras de quilombo, não é permitida sua venda ou arrendamento.
No Estado de Sergipe, há 14 comunidades remanescente de quilombos, espalhadas pelos municípios, apenas uma titulada, e 30 em fase de reconhecimento.
O município de Poço Redondo, localizado no sertão – semi-árido, a
Na comunidade quilombola “Serra da Guia” talvez a mais conhecida no Estado, vive uma parteira, rezadeira, curandeira enfim, mulher polivalente que utiliza sua própria casa como posto de saúde improvisado (posto de saúde mais próximo fica a
Autora: ( Autora: Sebastião, Juliadna dos Santos. Zefa da Guia: Um vídeo reportagem sobre a parteira quilombola. Monografia (graduação) – Universidade Tiradentes, 2007.)
Blogs como esse são importantes para manter nossa cultura. Parabenizo a jornalista não só pelo resgate mas, em destacar uma comunidade pouco conhecida(na mídia) no Estado de Sergipe e no Brasil.
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